Mais de 40% das mães que têm problemas para amamentar acham que estão produzindo pouco leite – e param. Para descobrir mais sobre por que as novas mães desenvolvem a percepção de fornecimento insuficiente de leite, e se as consultas de lactação ajudam, os pesquisadores realizaram um novo tipo de estudo entre as novas mães.
Mais de 40% das mães que têm problemas para amamentar acham que estão produzindo pouco leite – e param. Porém, está comprovado que as consultas de lactação ajudam.
Uma nova mãe precisa sentir que é capaz de fornecer ao bebê leite suficiente para que ele cresça e se torne um bebê saudável. A falta de confiança, por outro lado, está ligada à percepção de fornecimento insuficiente de leite – um dos motivos mais comuns pelos quais as mães param de amamentar.
A falta de confiança pode afetar negativamente a forma como as mães interpretam os sinais que ajudam a provar que o bebê está recebendo leite materno suficiente – incluindo uma quantidade saudável de fraldas sujas, o crescimento constante do bebê, episódios em que o bebê está calmamente alerta e aquele olhar de satisfação que os bebês têm quando terminam de mamar.
As mães imigrantes desse estudo também apresentaram taxas mais altas de PIMS. Os pesquisadores apontaram que isso pode ser devido à sua condição de estar em outro país sem apoio. As mães que contam com o apoio da família tendem a amamentar por mais tempo. Sem a família por perto para ajudar, as mães imigrantes param antes, mostrando a importância de não estar sozinha nessa jornada.
Eles queriam entender melhor quais fatores relacionados ao parto e à amamentação podem fazer com que as mães experimentem a PIMS. Assim, pela primeira vez, as participantes foram questionadas antes da primeira consulta de lactação e durante a segunda consulta, para medir quaisquer diferenças de percepção.
Os pesquisadores descobriram que as mães de primeira viagem tinham uma chance maior de desenvolver PIMS. Já foi estabelecido que essas mães têm uma taxa mais alta de abandono do aleitamento materno exclusivo no início da vida de seus filhos. Portanto, não foi surpreendente descobrir que elas tinham maior probabilidade de complementar a amamentação com fórmula, devido à percepção da falta de leite.
Uma novidade nessa pesquisa é a descoberta de que a PIMS foi relatada com mais frequência entre as mulheres que se submeteram à cesariana não eletiva (em comparação com a cesariana eletiva). As mães com Índice de massa corporal (IMC) alto também têm um risco maior de PIMS.
É interessante observar que os problemas fisiológicos com a amamentação e as diferenças na idade gestacional, no peso e no comprimento do bebê não parecem levar à PIMS.
Durante a consulta inicial sobre amamentação, as mães receberam instruções específicas sobre posicionamento e pega. Outras recomendações incluíam a alimentação com ambas as mamas e a alimentação sob demanda (8 a 12 vezes por dia). Foi recomendado comprimir a mama durante a amamentação e extraí-la depois (ou entre as mamadas). Não importa se elas preferiam uma bomba elétrica para extrair o leite mais rapidamente ou uma bomba manual, o importante é que ela tenha apoio e o estimulo correto para continuar produzindo e fornecendo leite ao seu bebê.
As consultas acabaram fazendo uma diferença real, com 46% das mulheres mudando suas percepções e acreditando que produziam leite suficiente.
Outras questões precisaram de mais tempo e esforço, inclusive a confiança da mãe de que o bebê estava crescendo bem, produzia fraldas molhadas ou sujas suficientes e parecia satisfeito após a alimentação. Os pesquisadores sugerem que, após a experiência negativa de problemas de amamentação, as mães podem precisar de mais tempo para se tornarem realmente confiantes.
Graças às evidências coletadas, as parteiras e outros profissionais de saúde têm mais provas do poder das consultas de lactação. Ao ajudar as novas mães com PIMS – especialmente as mães de primeira viagem – eles podem ajudar a aumentar as chances de que essas mulheres continuem amamentando pelo tempo que desejarem. E com confiança!
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